terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Onde Jesus nascerá?

 "E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem." Lucas 2:7

Por ordem de César, deveria ser feito um recenseamento em todo o Império.
Todos deveriam ir à sua cidade natal para se alistar.
José e Maria (em avançado estágio de gravidez) foram para Belém, a cidade de Davi.

Lá chegando, não havia lugar para eles na estalagem. Todos os hotéis - podemos assim dizer - estavam lotados.
Onde Jesus nasceria? Não havia lugar, não havia espaço.
Numa manjedoura - lugar onde serviam a ração de bois e cavalos - um lugar insólito para uma criança nascer, foi ali que nasceu o Filho de Deus, o Salvador do mundo.

Mais de dois mil anos depois, essa história se repete com frequência.
O mundo cristão comemora o natal no dia 25 de dezembro.
O personagem mais lembrado nesse dia é Papai Noel, não Jesus.
Pessoas andam pra lá e pra cá, para comprar presentes.
Pessoas se embriagam, querendo mostrar uma alegria que, no fundo, é vazia.

Quem se lembra de Jesus?
Quem se lembra que Deus se fez carne e habitou entre nós?
Quem se lembra que Ele, sendo Deus, esvaziou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz?
Quem dá lugar a Jesus para que Ele nasça em seu coração e seja Senhor de sua vida?

Muitos passam a vida assim: como se Jesus não existisse. Afirmam conhecê-lo, amá-lo, mas nunca tem tempo pra Ele. Tem tempo para a família, amigos, trabalho, lazer, enfim, tem tempo pra tudo, menos pra Deus.

"Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim." Mateus 15:8

O sentido do Natal é reconhecer que Jesus veio para ser o nosso único e suficiente Salvador, abrir o coração para Ele nascer, fazer morada e reinar em nossa vida.

"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti

"E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela" Gênesis 28:12

Quero, neste post, falar sobre a história de um dos maiores clássicos da música cristã: o hino "Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti".

A canção foi composta pela inglesa Sarah Flower Adams (1805-1848) que se inspirou no texto em que Jacó teve uma visão de uma escada pela qual os anjos de Deus subiam e desciam.

Pouco se sabe sobre sua vida. Foi casada com William Bridges Adams, engenheiro ferroviário. Possuía uma saúde debilitada e faleceu muito jovem, aos 43 anos, vítima de tuberculose.

Não se sabe, ao certo, as circunstâncias e o ano da autoria desse hino, mas sua primeira publicação foi em 1841 junto a um volume de hinos sacros.

A melodia do hino foi criada por Lowell Mason (1792-1872), importante músico americano, autor de cerca de 1600 melodias.


Sobre a melodia, ele escreveu: "Uma noite, algum tempo depois de me deitar, ficando acordado no escuro, com os olhos bem abertos, por meio da quietude da casa, a melodia veio a mim, então, ao amanhecer, escrevi as notas da canção". 

Em 1912, quando o navio Titanic naufragou, há relatos de que os músicos da embarcação, solaram esse hino em meio ao desespero que tomou conta dos passageiros.

Quem já ouviu e cantou esse hino, certamente pôde experimentar uma profunda visitação da parte de Deus.

Versão cantada:
http://www.youtube.com/watch?v=V_RfWCNc9jo

Versão instrumental:
http://www.youtube.com/watch?v=d_gchMjwH0E


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Sabe com quem tá falando?

"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda." Provérbios 16:18

Interessante notar que alguns, por conta de sua posição social, cargo, título, prestígio ou qualquer outra coisa, se acham acima do bem e do mal, se acham superiores a seus semelhantes.

Esse comportamento é típico de pessoas que sofrem de um grande mal: a soberba.

O Senhor conhece bem esse tipo de pessoa:
"Ainda que o Senhor é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe." Salmos 138:6

É alguém que Deus abomina e não o tem por inocente.
"Olha para todo o soberbo, e humilha-o, e atropela os ímpios no seu lugar." Jó 40:12

A soberba é o extremo oposto da humildade. Ser soberbo não é sábio. Ser humilde sim.
"Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria." Provérbios 11:2

O soberbo se esquece que não trouxemos nada para este mundo, e dele nada levaremos.
"E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor." Jó 1:21

Bom é andar em humildade e temor diante de Deus, em cujas mãos está a nossa vida. Sem Ele, nada podemos fazer. Sem Ele, não somos nada.

Então quando alguém vier e perguntar: "Sabe com quem tá falando?", fica fácil saber que estamos falando com alguém que está prestes a cair. É a Palavra de Deus que afirma isso.

Nunca devemos esquecer do que Deus disse a Adão no Éden, como consequência do pecado:
"No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás." Gênesis 3:19

Vivamos com humildade e sobriedade diante de Deus e dos homens, pois "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Tiago 4:6b

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A brevidade da vida

"Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios." Salmos 90:12

O salmo acima, 90, é o único salmo escrito por Moisés, profeta e líder do povo hebreu durante a sua peregrinação desde a sua saída do Egito até a chegada à terra de Canaã, a Terra Prometida.

Segundo a Bíblia, Moisés era o homem mais manso de toda a terra (Num 12:3) e tinha uma intimidade com Deus como poucos na história da Humanidade (Num 12:7-8). Interessante o fato do único salmo escrito por ele, Moisés falar justamente da brevidade da vida humana comparada à Eternidade de Deus. Ele viveu 120 anos. Em seus primeiros 40 anos, viveu no palácio, sendo criado como filho da filha de Faraó (Heb 11:24), tendo conhecido todo o conforto da vida palaciana. Sabendo de sua identidade como hebreu, num ato de descontrole, ao tentar fazer justiça com as próprias mãos, matou um homem egípcio e teve que fugir, indo morar no deserto, onde passaria os próximos 40 anos (dos 40 aos 80) como pastor de ovelhas no deserto. Deus o estava preparando para a última e maior tarefa de sua vida: ser o líder, o libertador de Israel da escravidão no Egito. Contudo, Moisés foi impedido por Deus de entrar em Canaã (Deut 32:52). Sua missão ia até ali e Deus o recebeu na sua glória.

Poucos de nós viverá tanto como Moisés - 120 anos - mas nossa vida, assim como a dele, está sujeita a altos e baixos, a desafios, a adversidades, a tristezas e alegrias, a derrotas e vitórias.

A questão é: o que fazemos, ou o que temos feito da nossa breve vida aqui neste mundo?


"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando." (Sal 90:10)

O que tem dominado nossos corações: o amor ou o ódio? a leveza ou a amargura? a confiança em Deus ou a ansiedade? a alegria ou a tristeza? a liberalidade ou a avareza? a humildade ou a soberba? o perdão ou o rancor? a esperança ou a incredulidade?

A maneira pela qual nos portamos nesta vida passageira determinará que tipo de qualidade de vida teremos e, principalmente, onde passaremos a eternidade depois de concluirmos nossa peregrinação aqui neste mundo.

"SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração." Salmo 90:1


Gerações vem e gerações vão, mas Deus permanece o mesmo. Ele é refúgio seguro para todos aqueles que nele esperam.

Que Deus possa nos ensinar, a cada dia, contar o tempo que aqui vivemos de tal forma que alcancemos corações sábios porque, no final, é isso que importa.



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Igreja Imperial - de 313 a 476 AD

A Igreja Primitiva teve de enfrentar duros ataques, tanto no âmbito externo como no interno. O Império Romano, por quase três séculos, perseguiu, desapropriou, torturou e matou a milhares de cristãos que não negaram a sua fé. Tudo, porém, começou a mudar com um sonho que o Imperador Constantino teve com um símbolo, conhecido como Labarum, e uma voz que dizia: “Sob este símbolo, vencerás”. Constantino venceu sua batalha, consolidou seu governo e adotou o Cristianismo como sua religião. Mais que a liberdade religiosa concedida pelo Édito de Milão em 313 AD, a Igreja conseguiu o favor do Imperador. Era o fim das perseguições. A Igreja agora podia, enfim, ter um bálsamo depois de tantas lutas e dores.

Um novo quadro, então, começa a se desenhar no mundo do quarto século, não apenas para a Igreja, mas para as civilizações da época como um todo. Ao mesmo tempo que a Igreja pôde gozar de novos benefícios que antes sequer podia imaginar, como a construção de templos, por exemplo, novos problemas surgiram resultantes da frouxidão espiritual advinda da comodidade de representar a religião oficial do Império já no século IV.

O sincretismo começou a aparecer na igreja com a mistura de elementos pagãos como a veneração de imagens nos templos e festas pagãs com algumas “adaptações”. A igreja crescia em poder e riquezas, mas decaía de seu fervor espiritual existente na Igreja Primitiva. “Conversões” forçadas contribuíram para inchar a igreja e aumentar o sincretismo. Oportunistas também surgiram, querendo aproveitar-se das benesses do Estado e assim usufruírem tanto do status político e social como do econômico.

Por outro lado, a Igreja pôde desenvolver sua Teologia com a definição de seus credos, cuja necessidade surgiu a partir das diversas controvérsias, principalmente, acerca de questões cristológicas e trinitárias. Ocorreram os primeiros concílios ecumênicos para tratar dessas e outras questões. Figuras como Atanásio, João Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho de Hipona, dentre outros, destacaram-se nessa época.

Nesse período, começou a ganhar proeminência a figura do bispo de Roma. Sob o argumento de que a igreja em Roma fora fundada por Pedro e Paulo, além da importância da cidade como capital do Império ocidental, o bispo de Roma começou a ser chamado de papa. Seria o início do estabelecimento do papa como líder da Igreja Católica.

Ao final desse período (313 AD – 476 AD), a Igreja estava completamente transformada: de perseguida agora gozava do apoio estatal; de pobre agora começava a acumular riquezas; a teologia começava a tomar forma com o fechamento do Cânon do Novo Testamento, da definição dos credos e dos escritos de vários autores importantes como Agostinho. Porém o fervor espiritual da Igreja Primitiva fora deixado para trás. Sincretismo religioso, mistura entre religião e política, dentre outros, foram um preço bastante alto que a Igreja acabou pagando. De perseguida, agora a Igreja era senhora. E isso, ao longo da Idade Média, trouxe inúmeros problemas e desvios doutrinários e morais, que só seriam corrigidos, ou melhor, confrontados, com a Reforma Protestante no século XVI.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Igreja Primitiva: sobrevivendo aos ataques

“De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais” 2 Tessalonicenses 1:4

No Dia de Pentecostes, dez dias após a assunção do nosso Senhor aos céus, a igreja de Jesus era composta por cento e vinte pessoas que tinham convivido com o Senhor e recebido dele os ensinamentos e as promessas necessárias para o início de sua jornada. Enormes eram os desafios. Havia medo das autoridades romanas e dos líderes religiosos judeus que haviam crucificado a Cristo poucos dias antes. Mas a promessa de Jesus era de que não deixaria os seus numa condição de orfandade, de desamparo, ao contrário, enviaria um outro Consolador – o Espírito Santo. E com o auxílio do Espírito Santo, derramado no Dia de Pentecostes, a igreja pôde começar a testemunhar em Jerusalém, em Samaria e até os confins da terra.

Os ataques, porém, não tardariam. E a igreja, logo em seu nascimento, teve de lutar em duas frentes: externa e interna.

Externamente, os primeiros ataques vieram dos religiosos judeus, mais especificamente por parte das seitas dos fariseus e dos saduceus que, não satisfeitos com a crucificação de Jesus (a quem não reconheceram como o Messias), queriam agora destruir aqueles que julgavam ser uma nova “seita” que nomearam como “a seita dos nazarenos” . Esses religiosos acusavam os cristãos de profanação do templo e de subversão da lei de Moisés. Não demorou para que os primeiros mártires fossem vítimas da fúria religiosa:
"Depois da ascensão de nosso Salvador, os judeus acrescentaram ao crime cometido contra ele a invenção de inúmeras ameaças contra seus apóstolos: Estevão foi o primeiro que eliminaram, apedrejando-o; depois dele, Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, a quem decapitaram" (História Eclesiástica, Eusébio de Cesaréia)

Ainda no campo externo, a Igreja teria de enfrentar os duros ataques do Império Romano que via no crescimento do Cristianismo uma ameaça ao Império, pois os cristãos não reconheciam a César como uma divindade, bem como não adoravam as divindades pagãs. A igreja adorava somente a Deus. Os costumes dos cristãos, bem diferentes dos pagãos romanos, entregues a todo tipo de dissolução, também incomodavam bastante aos romanos. Nero, Diocleciano e outros imperadores foram responsáveis por inúmeros martírios de cristãos. Nada, porém, pôde deter o avanço da igreja. Tertuliano  afirmou que “o sangue dos mártires é a semente dos cristãos”. Essa perseguição só chegaria ao seu fim em 313 AD com o Édito de Milão.

Porém não era só externamente que a Igreja enfrentava lutas. Internamente, teve de lutar, incessantemente, contra heresias que falsos mestres tentavam introduzir nas igrejas. Entre as principais heresias podemos destacar a heresia judaizante e o gnosticismo. Os judaizantes foram duramente combatidos, principalmente pelo apóstolo Paulo, pois os mesmos ensinavam que os gentios deveriam guardar a lei de Moisés, rejeitando, portanto, a superioridade da graça sobre as obras da Lei e a salvação pela fé somente.

O gnosticismo – doutrina que ensina que a salvação se dá através de um conhecimento revelado a alguns poucos eleitos - foi uma das piores heresias que a igreja teve de enfrentar desde os tempos apostólicos, onde já se via uma forma incipiente de gnosticismo. Paulo, em sua carta à igreja de Colossos, combate, de forma brilhante, as ideias gnósticas que “infestavam” a Ásia Menor. Mais tarde, Irineu , “em sua obra Contra Heresias, fez uma tentativa de refutar as doutrinas gnósticas pelo uso das Escrituras e pelo desenvolvimento de um corpo de tradição afim”. (O Cristianismo através dos séculos, Earle Cairns, Ed. Vida Nova)

Apesar de tantas adversidades – internas e externas – a Igreja conseguiu superá-las, vivendo a doutrina dos apóstolos e pregando o Evangelho que é salvação de todo aquele que crê.

domingo, 18 de maio de 2014

Não aponte o dedo. Estenda a mão.

"E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.
Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus." Atos 9:26-27

Uma reflexão breve de algo que Deus falou muito ao meu coração hoje: Saulo, recém convertido a Jesus, numa experiência maravilhosa no deserto ao caminho de Damasco, enfrentava a desconfiança de toda a igreja que o temia por ele ter um histórico de perseguição aos cristãos.

Todos, menos um: Barnabé. Barnabé conhecia a fama de Saulo, mas ele foi sensível ao Espírito de Deus para reconhecer que a conversão de Saulo, era genuína. Barnabé estendeu a mão a Saulo, o introduzindo no seio da comunidade da fé. E ainda bem que ele fez isso. Saulo, depois conhecido como Paulo, seria o maior apóstolo que a igreja conheceu.

Essa história, ainda hoje, nos inspira e nos ensina que é preciso tirar de nosso meio todo julgamento pelas aparências e procurar ser sensível a Deus, observando os verdadeiros frutos na vida dos "Saulos" de hoje. Como Barnabé, ao invés de apontar o dedo, o que devemos fazer é estender a mão. O resto, deixa com Deus.


"Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu nào vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." Mateus 9:13

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Não vos conformeis com este mundo

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2

O ser humano é um ser social. Isto é um fato. E como um ser social, precisa saber viver em sociedade, sociedade esta que muda constantemente, numa velocidade que, cada vez mais, fica difícil acompanhar.

O que era certo ontem, hoje é errado, e vice-versa. É o relativismo ético que tem, de forma avassaladora, destruído valores e conceitos, causando total confusão social. "Não há verdade absoluta", dizem. Mentira!

A "maré de mudanças" é forte e poucos são os que se dispõe a "nadar contra a maré". Mas não só é possível como necessário, mantermos firmemente nossas posições e convicções à luz da Palavra de Deus, nossa VERDADE ABSOLUTA!

"Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar." Lucas 21:33


Precisamos saber viver em sociedade, mas não precisamos nem devemos nos conformar com os conceitos - cada vez mais deturpados - dessa sociedade. O que o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos no século I, aplica-se hoje a nós, pois a Palavra de Deus jamais envelhece.

"Não vos conformeis com este mundo", isto é, não vos conformeis com os moldes deste mundo, deste tempo.

"mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento". Para sobrevivermos a este tempo de valores cada vez mais vazios, de confusão de papéis, de ausência de valores absolutos, é preciso ser transformado, e a transformação é na mente.

Os maiores ataques que sofremos, nos nossos conceitos, nos nossos valores, é na mente, seja numa conversa com amigos ou familiares, seja assistindo ao noticiário, a um filme, etc. Mas como conservar a nossa mente sã em meio a todo um vendaval de mudanças sócio-culturais que afrontam os nossos valores cristãos?

A resposta é: tendo a nossa mente firme em Deus!
"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." Isaías 26:3

E dessa forma: não nos conformando com este mundo, e sendo transformados na renovação da nossa mente, somente assim, é que poderemos experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Seremos incompreendidos, marginalizados, ridicularizados, até mesmo odiados por nossas posições firmes, baseadas na Palavra de Deus, essa sim, a verdade absoluta. Não importa. O que importa é fazer a vontade de Deus sempre. Se o nosso Senhor Jesus foi incompreendido e perseguido, não podemos esperar para nós, algo diferente.

Andemos na contra-mão deste mundo, deste tempo presente, amando e honrando a Deus e a sua Palavra. No final, valerá a pena.

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." 1 João 2:15-17

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cristo, nossa páscoa!

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." 1 Coríntios 5:7

Páscoa. Quando ouvimos essa palavra, o que vem à mente da grande maioria das pessoas? Ovos de chocolate, feriado, viagem, etc. Mas o que isso tem a ver com a páscoa? Nada. Absolutamente nada.

A palavra "Páscoa" vem do hebraico Pessach que significa "passagem". A páscoa foi instituída por Deus através de Moisés, quando da saída do povo de Israel do Egito por volta do ano 1.500 a.C. Deus havia enviado 9 pragas sobre a terra do Egito. A última seria terrível! Todo primogênito do Egito, entre homens e até mesmo animais, morreria naquela noite se, na casa onde estivessem, não houvesse uma marca: a marca do sangue de um cordeiro. Este cordeiro deveria ficar com a família por duas semanas inteiras e, ao final desses 14 dias, o cordeiro deveria ser morto, sua carne comida e seu sangue espargido nos umbrais das portas das casas.

"E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor." Êxodo 12:6-11

Não havia tempo. Eles precisavam comer apressadamente porque naquela mesma noite, o anjo da morte passaria por toda a terra do Egito e, onde não houvesse a marca do sangue, haveria morte. E assim aconteceu. Faraó, vendo que seu primogênito estava morto, deixou Israel livre pra seguir o seu caminho rumo à Terra Prometida.

Um cordeiro, um inocente deveria morrer para que os israelitas fossem salvos.



O profeta João Batista, quando viu Jesus vir até ele, disse;

"Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29

Jesus é o Cordeiro de Deus. Ele não tinha manchas, não tinha pecado, não tinha culpa, mas voluntariamente, se ofereceu em nosso lugar para apagar os nossos pecados e nos dar a salvação. Havia um preço a ser pago, e ele pagou.

O profeta Isaías que viveu 7 séculos antes de Cristo, profetizou a respeito dele:

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5

Quando Cristo entra na nossa vida, nossos pecados são apagados, somos libertos, e recebemos a marca do sangue do Cordeiro em nossas vidas. Nada temos que temer. A morte já não tem poder sobre nós porque sobre nós está a marca do sangue de Jesus.

Não foi por acaso que Jesus morreu durante a Páscoa. Na última ceia, Ele próprio era o Cordeiro, e através do seu sacrifício, Ele estabeleceu a Nova Aliança no seu sangue.


"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." 1 Coríntios 11:23-26

Cristo é a nossa Páscoa. Anunciemos a sua morte e a sua ressurreição até que Ele venha.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim...

Nos dias em que vivemos em meio à tanta correria, tanto stress... muitas vezes nos esquecemos das coisas simples da vida. Por isso, compartilho esse texto bem interessante, de autor desconhecido: Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim...

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado… volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
Se alimente com gosto e entusiasmo.
Coma só o suficiente.
Seja leal.
Nunca pretenda ser o que você não é.
E o mais importante de tudo…
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.
A amizade verdadeira não aceita imitações!


terça-feira, 15 de abril de 2014

Oração, o oxigênio do espírito

"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" Efésios 6:18

Imagine você dizer que ama alguém, mas não falar com essa pessoa. Assim é alguém que diz que ama a Deus, mas não ora.

A oração é tão fundamental à nossa vida que a bíblia nos manda "orar sem cessar" (1 Tess 5:17). Podemos comparar à nossa respiração. Respiramos sem cessar. Estamos vivos. Paramos de respirar. Morremos. Assim é a oração. Sem oração, não há comunhão com Deus, portanto não há vida espiritual.

A oração é tão poderosa que a Palavra de Deus afirma que "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. " Tiago 5:16b. Por isso mesmo, a oração, que parece algo tão simples, na verdade, não é, porque há uma grande oposição para que não oremos. Por isso que Jesus nos ensinou que a oração deve ter uma companhia inseparável: a vigilância: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." Marcos 14:38

Quero, através deste artigo, trazer uma breve reflexão sobre a oração, enumerando alguns aspectos básicos - longe de querer esgotar este assunto tão rico -, os quais descrevo abaixo, de como deve ser a nossa oração.

1. Reconheça quem Deus é

  A primeira coisa que precisamos reconhecer é a quem estaremos dirigindo a nossa oração: a Deus. Para orar, é preciso reconhecer que há um Deus nos céus que nos ama, que é Santo, que tudo pode e está pronto a nos ouvir.

  "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" Mateus 6:9

  Reconhecer quem Deus é e o quanto mais elevado Ele está do que nós é o primeiro passo que nos leva, consequentemente, ao segundo...

2. Reconheça quem você é

  Reconheça-se pecador que é o que todos nós somos (Rom 3:23). Deus é Santo. Nós, pecadores. Mas como, então, Ele ouvirá a nossa oração? Através de Seu Filho, Jesus, que, morrendo por nós, nos justificou perante o Pai, abrindo o caminho para Deus:

"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne" (Heb 10:19-20)

  Deus resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde. Quando orar, seja humilde diante de Deus, que Ele, certamente, te ouvirá.


3. Seja autêntico e sincero

  A oração pra ser ouvida não precisa de palavras bonitas, rebuscadas. Você não precisa fazer um ritual, um gestual estranho, nada disso. Você precisa ser autêntico. Ser você mesmo. Falar com Deus com suas palavras. Se tiver que reclamar, reclame. Se tiver que chorar, chore. Seja quem você é. Deus te conhece muito bem.

  "Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras." Daniel 10:12

4. Seja específico

  Deus sabe muito bem de tudo o que precisamos, mesmo antes de nós lhe pedirmos, mas Ele quer que digamos a Ele porque ele se importa e quer ouvir a nossa oração. Quando dizemos pra Deus o que estamos sentindo, estamos, ao mesmo tempo, sendo tratados, sendo curados. Não generalize na oração, não seja vago. Seja específico. Diga a Deus o "nome" do seu problema.

  Vejamos o exemplo de Bartimeu, o cego de Jericó, quando Jesus chega a ele e pergunta, o que queres que te faça, ele foi direto, sem rodeios.

"Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja." Lucas 18:41

  E ele foi curado.

5. Creia

  "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Hebreus 11:6

  Se não crer, nem adianta orar. Deus não vai se agradar e, consequentemente, não receberá essa oração. Creia que Deus pode te recompensar por você buscá-lo. Ele quer que você o busque. Quem o busca, crendo nEle, o encontra.

"Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á." Mateus 7:8


6. Quebrante-se

  "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus." Salmos 51:17

  Deus não quer nosso sacrifício, não quer nossa religiosidade, nada disso. O que Deus quer de nós é que tenhamos um espírito quebrantado, um coração contrito. Se você anda com orgulho e altivez, pode ter certeza de que jamais encontrará a Deus dessa maneira. Quando teu espírito se quebranta diante do Senhor, não importa quem você é nem o que fez, - como Davi nesse salmo em que confessa o seu pecado - Deus não vai te desprezar.

7. Espere, confie, descanse

  Para concluir, é preciso saber esperar. O tempo de Deus não é o nosso. Ele não vai atender a sua oração na hora que você quer, mas no momento certo, no momento que Ele já determinou em sua soberana vontade. Aquela benção que você vem pedindo a tempos, Ele te dará no momento em que você estará pronto para recebê-la, não antes.

  "Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos." Salmos 40:1-2

Ore em todo o tempo, vigie sempre, espere, confie, descanse no Senhor.

Ele nos abençoa não por nossos méritos, mas por sua graça. Enquanto oramos, aprofundamos nossa comunhão com Deus, podemos ouvir a Sua voz, estreitamos nosso relacionamento com o Eterno, crescemos na fé e no conhecimento de sua graça, somos fortalecidos para enfrentar o dia mau, oxigenamos nossa vida espiritual, pois a oração é o oxigênio do espírito, e principalmente, poderemos, como Davi, testemunhar do que Deus fez por nós:

  "E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor." Salmos 40:3

terça-feira, 8 de abril de 2014

Por que Deus chama de louco aquele que confia no poder do dinheiro?

"E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus." Lucas 12:15-21


O Evangelho de Lucas é o que mais aborda questões que tratam da relação do homem com o dinheiro. Lucas escreveu o Evangelho, o dirigindo a um homem grego, possivelmente rico e influente, chamado Teófilo (Lucas 1:3).

A bíblia nunca disse que o dinheiro é um problema. Pelo contrário, diz que digno é o trabalhador do seu salário, que é bom que o homem coma e beba do seu trabalho (Eclesiastes 2:24). O que a bíblia afirma é que "o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males" (1 Timóteo. 6:10a).

Na parábola que Jesus contou - relatada no texto acima - conhecida como a "parábola do rico insensato", o que Ele quer nos ensinar é que, em hipótese alguma, devemos por a nossa confiança no poder do dinheiro.

Aquele homem só queria juntar mais e mais. Sua ambição não tinha limites, assim como a sua loucura. Ele achava que teria bens para muitos anos. O que ele não sabia é que ele não teria nem mais um dia de vida. Morreria naquela mesma noite, e não teria nem pra quem deixar seus bens. Pobre homem. Só tinha dinheiro. Nada mais.

Então vamos ao título deste artigo: "Por que Deus chama de louco aquele que confia no poder do dinheiro?". Simplesmente porque não entendeu que nada trazemos para esta vida, e dela nada iremos levar. Não entendeu que o que realmente importa não é o que temos (não levaremos nem um centavo no dia de nossa morte), mas o que somos e o que fazemos com aquilo que Deus nos dá.

A bíblia chama o dinheiro de Mamom:

"Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Lucas 16:13

Se amarmos o dinheiro, seremos escravos dele, mas se servirmos a Deus, o dinheiro (Mamom) será colocado no seu devido lugar: debaixo do senhorio de Cristo. Dessa forma, o dinheiro será para usufruirmos das bençãos de Deus em nossas vidas, e para abençoarmos aqueles que precisam também.

Não sabemos o dia em que Deus irá nos chamar. Numa sociedade consumista em que somos induzidos a comprar a todo instante, não por necessidade, mas por pura vaidade, a Palavra de Deus nos desafia a viver com sobriedade, com simplicidade de coração, a vivermos em paz.

Concluo, citando esse provérbio que merece toda a nossa consideração:

"A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores." Provérbios 10:22

Declare, hoje, o senhorio de Cristo sobre a tua vida, sobre tudo o que tens.

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